sábado, 27 de junho de 2009

Expedição Transamazônica BR - 230 (1ª Semana)



Como surgiu a idéia da expedição


Achei uma maluquice quando um amigo me convidou para realizar uma expedição pela Rodovia Transamazônica BR-230, imagine só, toda viagem de ‘‘motocicleta’’, senti coragem de realizar esta aventura, uma oportunidade de conhecer mais a história e cultura do país, além de fazer bem ao espírito.

Na semana que fui convidado para a expedição, procurei conhecer um pouco sobre a expedição, e os equipamentos que poderia ser útil para aventura, pois não encontrei  dificuldade em elaborar uma planilha no Excel, descrevendo o que seria necessário.

No decorrer do tempo procuramos nos organizar, obter informações, coletar dados que podem colaborar no percurso da expedição, assim teríamos menos supreza desagradável durante a viagem, programamos até a forma da divulgação da expedição quanto a patrocinadores e colaboradores, e ainda estaríamos divulgando os referidos patrocinadores e colaboradores em alguns prováveis eventos por eles desenvolvidos antes, depois da expedição.  


História da Rodovia BR-230, conhecida BR Transamazônica

  
A Rodovia BR-230 foi projetada na época do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), a incumbência da rodovia era integrar a região norte com demais região do país, considerada a terceira maior rodovia com a extensão de 4.223km ligando de Cabedelo – PB ponto inicial, Lábrea – AM ponto final.

 Existem muitas histórias, lendas que acerca a Rodovia BR-230, aventureiros do mundo todo desejam conhecer um dia, encravada no coração da Amazônia, um lugar hostil ótimo para se aventurar.   







                                                                   BRASÃO DA EXPEDIÇÃO 





                                 MAPA DA EXPEDIÇÃO TRANSAMAZÔNICA 




ROTEIRO IDA

Rondônia
Rolim de Moura, Presidente Médici, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Jarú, Ariquemes, Itapuã, Candeias do Jamarí, Porto Velho.

Amazonas
Humaitá, 180, Mata-Matá, Apuí.

Pará
Jacareacanga, Itaituba, Rurópolis, Placas, Uruará, Caima, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Favânia, Anapu, Pacajá, Maracajá, Novo Repartimento, Itupiranga, Marabá, São Domingos do, Araguaia, Brejo Grande do Araguaia.

Tocantins
Araguantins, Aguiarnópolis.

Maranhão
Estreito, Carolina, Riação, Bálcãs, São Raimundo das Mangabeiras, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons, São João dos Patos, Barão do Grajaú.

Piauí
Floriano, Nazaré do Piauí, Oieiras, Dom Expedito, Picos, São Julião, Fronteiras.

Ceará
Campos Sales, Araripe, Potengi, Nova Olinda, Crato, Farias Brito, Várzea Alegre, Lavras da Mangabeira, Ipaumirim.

Paraíba
Cajazeiras, Marizópolis, Sousa, Aparecida, Pombal, São Bentinho, Condado, Malta, Patos, São, Mamede, Santa Luzia, Junco do Seridó, Juazeirinho, Soledade, Campina Grande, Riachão do Bacamarte, Riachão do Poço, Santa Rita, Bayeux, João Pessoa, Cabedelo.

ROTEIRO VOLTA


Paraíba
Cabedelo, João Pessoa, Bayeux, Mamanguape,

Rio Grande do Norte
Canguaretama, Goianinha, Cunhaú, Praia da Pipa, Timbaú do Sul, Parnamirim, Búzios, Natal, Maxaranguape, Touros, São Miguel do Gostoso, Caiçara do Norte, Galinhos, Macau, Areia Branca, Tibau.

Ceará
Icapuí, Aracati, Fortim, Beberipe, Cascavel, Pidoretama, Aquiraz, Eusébio, Fortaleza, Caucaia, Paracuru, Mundaú, Amontoado, Itarema, Acaraú, Jericoacoara, Camocim, barroquinha, Chaval.

Piauí
Barra Grande, Luiz Correia, Parnaíba.

Maranhão
Tutóia, Paulino Neves, Barreirinha, Urbano Santos, Morros, Rosário, São Luiz, Arari, Vitória do Mearim, Santa Inês, Zé Doca, Maracaçumé, Boa Vista do Gurupi.

Pará
Capanema, Santa Maria do Pará, Santa Izabel do Para, Benevides, Marituba, Ananindeua, Belém.

Amazonas
Manaus, Carreiro, Humaitá.

Rondônia
Porto Velho, Candeias do Jamari, Itapuã, Ariquemes, Jarú, Ouro Preto, Ji-Paraná, Presidente Médici, Rolim de Moura.


                                                

Preparatório para tão aguardada expedição transamazônica

Durante vários meses fui conferindo os equipamentos, peças que precisava levar nesta expedição, procurando espaço em (02) alforje, (01) baú, (01) bolsa que esta acoplada na motocicleta xtz 250 Lander (Yamaha), cuidei de todos os detalhes como se fosse um animal que vigia sua cria.

Quando chegou a ultima semana a ansiedade era demais, a vontade de pegar a estrada e acabar de vez com aquela agonia no peito, parece até frescura, opa, olha lá o que vocês vão pensar, porem é a pura realidade esta expedição foi planejada durante (09) meses, estava na hora de nascer esta expedição.

Então chegou o dia 27/06/2009, levantei sedo as 08hrs dirigi-me a concessionária Órion da rede (Yamaha), um dos nossos patrocinadores da expedição. A família lá estava esposa, mãe, pai, tio e amigos nos apoiando nesta aventura da vida.  



                                   


     Hudson, Maurílio











                                           Família e amigos


                                  Saída da Concessionária  órion



                                         Já na estrada 


Amigos do moto clube em Ji -Paraná





Porto Velho





Destino a Humaitá - AM



                                Trecho critico da Transamazônica 



Apuí - AM







Cachoeira no Município de Apuí - AM 





Rod. BR - 230 Sentido a Jacareacanga - PA




Parada para pernoitar em Rabelo, ponte de apoio entre Jacareacanga e Itaituba - PA






Reserva indigná Rod. BR -230


Almoço no 0800, pessoal gentil conosco, 
trabalhadores construindo uma ponte  




Águas do Tapajós  extensão 3,5 Km  de largura no Município de Itaituba - PA









Oficina em Altamira - PA


Orla no rio Xingu Altamira - PA



Rio Xingu, logo após o Município de Altamira
(Futura instalação da Usina Belo Monte)








Um Americano que encontramos no meio da reserva indígina



Aqui apareceu asfalto e até o trem, Município de Maraba - PA, ótima cidade







Morro do chapéu Carolina - MA









1ª Semana da Expedição


Nesta primeira semana percorremos o trecho mais critico da expedição transamazônica (ida), maior parte em meia selva densa, cruzamos três reservas indígenas transpondo rios caudalosos, entre eles Tapajós, Xingu. Nesta jornada só rodamos em estrada péssima, sendo poeira, lama escorregadia que parece quiabo, e pegajoso idêntico durepoxi, às vezes andávamos menos de 10 km por hora, condições extrema de trafegar, os desafios era enorme, pensa, você pilotando uma motocicleta com mais de 30 quilos de equipamento nesta velocidade, sabendo que precisa percorrer 320 km de estrada de terra em um dia nesta velocidade quando vai alcançar o destino.


Entre a cidade de Jacareacanga e Itaituba - PA por volta das 22h30min avistamos um ponto de apoio chamado Rabelo aonde serve alimentação (restaurante), as pessoas orientaram que aquele horário não oferecia segurança para circular a noite nem de carro que dirá de motocicleta, pois existe garimpo nesta região e há muitos conflitos, se nós continuássemos tínhamos que cruzar uma reserva indígena com extensão de 180 km em meio à selva fechada com curvas íngremes, com muito atoleiro, esta conversa toda parece até filme de terror, após a janta ‘’nós’’ os valentões ficamos quieto na rede.

Nesta semana (sexta feira 03/07/09) chegamos até Maranhão, vencemos o estado do Pará por inteiro passamos por Tocantins e paramos somente em Carolina cidade pequena e maravilho por suas chapadas e cachoeiras existem mais de 352 cachoeiras catalogadas visitamos a mais conhecida (Santuário da Pedra Furada) de fácil acesso, permanecemos dois dias, quando foi no domingo seguimos riscando o asfalto novamente.   







Santuário da pedra furada Carolina - MA